terça-feira, 28 de julho de 2009

Metade

Metade. Sempre metade.
Nunca cheia. Nunca vazia.
Nunca totalmente feliz. Nunca totalmente triste.
Assim era a vida a seus olhos realistas. Há tempos desistiu de buscar o todo. Fartava-se de vida, aproveitando o saldo positivo. Treinava o espírito a olhar sempre para a metade cheia. Levava seu sorriso embebido no líquido que brindava o bom.
Aprendeu a sempre sorrir, no instante em que seu coração conheceu a dor.


Copo Vazio, Chico Buarque.

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