Preferia olhar a vida sempre como um copo meio cheio, nunca meio vazio. Em dias de briga, ela simplesmente se escondia e esperava tudo acalmar. Voltava de mansinho e fingia que nada havia acontecido. Os tempos foram tão difíceis, que o que restava de alegria eram os seus próprios olhos. Aqueles mesmos espertos meninos, cheios de sono e brilho, que acordavam a mãe aos fins de semana. Velhos companheiros da boca que, em riso inocente, gritava: “Corre mamãe, vem ver! Um dia lindo!” enquanto o sol brilhava no quintal.
Menina Amanhã de Manhã, Mônica Salmaso.
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