quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Horas

Têm horas do dia que os segundos são assim (...).
É porque o peito fica vazio, vazio,
de tão cheio que ele é.

Têm segundos que não existem formiguinhas.
Elas todas fogem.
Simplesmente desistem de provocar as cócegas que fazem rir.

Têm dias em que as horas teimam em não ser bobas.
Os minutos trabalham sérios, cabisbaixos.
E os pobres segundos, que sempre gargalharam, já não sabem como se comportar.

Têm dias que precisam ser reinventados para que consigam terminar.


Nem lá, nem cá. Fundo de Quintal

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