quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Vontade

A onda que cresce a consumir o todo,
forma-se linda,
gargalha do vento,
viola a ordem das marés,
dança com despretensão.

Inverte o ciclo,
cria o seu real,
pincela um novo universo,
malicia o seu infinito,
inunda o mundo.

O encontro de olhar,
a lembrança que retorce as pernas,
a explosão imediata.

A libido a zombar da correria.
O segundo a desdenhar das horas.
O mar que corre da sua boca.
O mar que corre para minha boca.
Vontade...


Solidão Gasolina, Curumim

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