quinta-feira, 17 de junho de 2010

Baile do ponto cheio

O amor vestiu uma capa no ponto de ônibus e pôs-se a desfilar de rosto colado pela calçada. Em tom sobre tom. Em dedos que se remexiam delicadamente para acarinhar.

Ela maior, ele menor. Ele frágil, ela forte. Dois corpos tão disformes, tão perfeitos. O baile no ponto cheio. O salão de asfalto e suor.

A beleza apreendida por olhos distraídos. A felicidade singela. O recorte que fez brilhar a noite.


Coisa mais bonita, Toquinho

Um comentário:

Unknown disse...

Saudade!
Na gramática Saudade é substantivo abstrato, tão abstrato que só existe na língua portuguesa
É o que sua ausência me trás, seus textos para mim, são uma forma de mitigar a privação convivio.
Nunca pare de escrever, sou seu maior fã!
Um grande beijo.
Negrinho